Bellini é um coquetel oficial da International Bartenders Association - IBA, que pertence à categoria "The Contemporary" (os contemporâneos), servido como aperitivo.
Sua receita pede duas partes de Prosecco e uma de suco de pêssego branco. O preparo não exige coqueteleira, mas um copo de mistura, onde se despeja o suco de pêssego sobre gelo e depois o Prosecco. Mexa delicadamente (a ideia é misturar, não expelir o gás do Prosecco) e transfira para uma taça flûte à champagne gelada, sem os cubos de gelo. Não há uma decoração oficial para o drinque.
É uma bebida muito refrescante, ideal para servir durante o calor do verão.
Não se sabe ao certo quando o drink surgiu: há especulações sobre ter sido entre 1934 e 1948. Mas o inventor e o lugar são conhecidos: Giuseppe Cipriani, fundador do Harry's Bar, em Veneza. Ele batizou o drinque com esse nome porque achou que sua cor lembrava a que ele tinha visto em uma pintura do artista Giovanni Bellini, seu conterrâneo de Veneza, a quem quis homenagear.
Na Itália, por causa da sazonalidade dos pêssegos e até pela disponibilidade concorrida do legítimo Prosecco, o coquetel começou como uma especialidade oferecida por tempo limitado. Muitos substituem o suco de pêssegos brancos por néctar de pêssego amarelo: não é o tradicional, mas aceitável. Só não vale a pena trocar o Prosecco por alguma champagne de sabor forte que acabe mascarando o delicado sabor e aroma do pêssego. Ou o drinque perde equilíbrio e caráter...
Muitos famosos eram fãs do coquetel: o escritor Ernest Hemingway, a atriz Lauren Bacall, o pintor Pablo Picasso e até o ex-Primeiro Ministro britânico Winston Churchill.
Embora não haja uma decoração oficial para o drinque, nada impede que a taça receba uns adereços e vai da criatividade de cada bartender quais usar. Fatias finas de pêssego sobrepostas e fincadas? Já se teve notícia até mesmo de cerejas e framboesas com rodelas de frutas cítricas.
Seja para se refrescar em uma tarde ensolarada ou servir em uma ocasião especial, este drinque segue encantando gerações com sua leveza e simplicidade. Sua história ligada à arte e à cultura de Veneza se tornou cosmopolita, reforçando seu valor simbólico entre os coquetéis contemporâneos.
Nesta sexta-feira seguinte, mais uma dose de técnica, história e sabor te aguarda aqui na coluna.
Menor não bebe. Motorista também não. Falou?
Controle seu copo, ou ele te controla. Beba com moderação.